sábado, 14 de junho de 2008

DESMEDIDAS






Eu sempre fui um ser feita para amar.

Tudo me comove intensamente!

Até que me tornei mulher,

E vieram os homens.


E como poeta que sou,

Amor,

Meio louca, meio infantil, veraz, voraz,

Desperto tua paixão secreta.

E enfim posso declarar que nosso delírio é uma bruma discreta,

E você pastor do meu próprio ar.


E esse amor que sinto sem tino e vasto,

Não consigo conter em mim e solto a minha cadela e te atiço,

Solto em minha boca esse amor que se alastra ,

E corre seu peito e suas coxas,

E te deixa como um lobo em coração acelerado.


Muitas vezes encho teus olhos de luz e sou sua bailarina,

Que rodopia o salão de encantamento,

De lusco-fusco,sou uma lamparina,

Da química que nos une, sou um nobre elemento.

E um tango que toca na orquestra,

Me faz prender-me em teus braços ternos e apaixonados.


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