terça-feira, 4 de novembro de 2014

Definitivo

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções
irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado
do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter
tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que
gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas
as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os
momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas
angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez
companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um
verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do
sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional...
Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 24 de outubro de 2014


LUNA




Me vejo perdida Andando Tuas Pernas 
Entorpecida com Seu cheiro e seus Pelos
A sua masculinidade e o Cheiro do Seu sexo
Me  vejo cavando tuas Roupas e procurando eu falo
Encontro-me com Essências  entorpecentes
E sou Capaz te Nos Envolver numa Nuvem Mágica
Oriental, mística, Surpreendente,
E te Fazer Viver Comigo em contos Árabes
Onde Serei tua odalisca ...
Aquele Ser indefeso e Pequeno, te faz sentir viril!

Ou te levar para Danças  flamencas  e Ser tua sedutora e fatal  Carmem
Ou te levar para becos da Lapa e Ser sua Pequena  puta
ou te levar para  babilônia das  sagradas e antigas orgias
Onde Nossas Urgências sexuais chamais seriam Pecados

Uma  puta  de Vestido Curto Vermelho
Que você venha sem  cerimônia  na rua, sem usar talheres,
Que devora com a Mãos suadas e salivadas
Que  a deixa qualquer canto 
Mas sempre Volta pra Sentir Seu Lado Mais animal, másculo.

Mas Posso me Transformar numa deusa Implacável,
Com muitos véus e rostos,
Implacável e cruel,
Como modo Deusas Sabem Ser!
E consumir Toda sua Energia vital,
De Transformando em Zumbi em  minhas mãos, 
Em Um  marionete !
Vingança!

Mas apenas Ondas de Paixão e Amor, Agora me cercam.
E nado num mar Calmo e  tranquilo !
Onde n'uma descanso linda praia,
Sobre a lua ea Areia Branca Cheia de me Transformar!

domingo, 12 de outubro de 2014

Nós!




                É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela.



Friedrich Nietzsche




                               Em mim também há um grande caos...
                               mas sempre repletos de cores intensas e vivas!
                                       

                                   
E sua doce presença traz o principio de que existe uma inteligencia cósmica
                                       
que precisa viver através das nossas existências únicas e singulares!

                                                       
                                                       
                                                Sua singularidade me encanta...



                                                                     

BLACK LION

ELE


Ele me pede para entrar dentro dele quando me beija.
A gente se incendeia e deságua um no outro, inúmeras vezes seguidas, até esgotar!
Ele abre a porta pra eu entrar. Eu entro, e me entrego.
Ele sabe os meus caminhos, não sei como, mas ele sabe.
Aí, a química! A gente se incendeia, o calor transpira a água e a alma, a água evapora, e a carne frita. Depois o jorro esfria tudo, e a gente se lava.
Ele faz poesia comigo, me come com poesia, comunga a minha carne com a dele, meu sexo com o dele, deleite, o leite, deleito, o leito, a paz. O seu sexo é a minha paz. 
O falo, (reinvento minha falocracia), meu objeto de desejo, esculpido na sua carne, traduzido em veias e músculos, em vida em sangue, em poder, em consciência instintiva e carnal. Alimento da minha fome, que eu babo, que eu como, que eu lambo.
Meu sexo, se abre, se dilata, se contrai e guarda,  alimenta e sacia a fome dele.
 Ele leão, ele cachorro, ele sedento e faminto,  VEM.
Eu leoa, eu cachorra, eu faminta, me abro. Abro minhas pétalas, meus músculos.

Ele me abraça e absorve meu cheiro, e diz que meu cheiro deixa ele doido. Ele ama toda a delicadeza e sensibilidade que há em mim, as flores, a entrega. A entrega. Me diz que sou muito mulher. Isto  é porque eu me entrego, me doou pra ele. Porque ele sabe o que quer, o que quer de mim, e como pegar. Eu sou dele!! Inteira!!




(Nada é por acaso, e, também, só o acaso explica a gente e nosso encontro.
A vida é contraditória e ri de quem deseja a linha reta.
As coisas se completam na sua contradição.
Permito-me ser toda contraditória. Sempre!! E rir da minhas contradições.
Só aprende a viver quem sabe navegar por todos os mares, em aspirais crescentes.)

EU

Sou bem complexa, estranha e extravagante
Dentro de mim   tantas coisas se passam 
rios mares desertos e animais poderosos
Uma enciclopédia de vida dentro de mim
Com muitas paginas e muitos, muitos verbetes
Muitas cores e imagens correm dentro de mim
Mas sou difícil de ler, de se entender
Espero leitores hábeis e complexos
Ávidos por leituras difíceis de decifrar
Leitores que procuram se sentir instigados diante da complexidade
Verdadeiros decifradores de enigmas
Pois sou misteriosa e enigmática


Meu solo fértil
Pode fazer brotar qualquer desejo ou idéias que tais senhores precisem debater
Sou a melhor debatedora que jamais tiveram
Pois me transformo naquilo que esperam que eu seja
Pois também sou tudo isso
Todas essas vidas que há em mim
Me sinto um camaleão psíquico
Capaz de se adaptar a qualquer psique com que se defrontar
Meu poder será o de ser um espelho refletido do oponente
Adaptação
Esse é o meu grande poder
Eu procuro essências e não apenas simples perfumes


sábado, 24 de dezembro de 2011

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

DANUBIO AZUL

Hoje to tão feliz , uma felicidade tão tranquila... Porque na verdade estou tranquilamente satisfeita comigo mesma, como se agora fosse a hora da correnteza correr a meu favor. Abraço com doçura essa brisa suave esta passando dentro de mim .A gente só sabe sentir esses momentos como se fossem uma valsa de Richard Strauss, se já tivermos vividos momentos terríveis como o da morte de um cisne negro de Thaicovsky
http://www.youtube.com/watch?v=OrSyGOwzqvk
http://www.youtube.com/watch?v=5amj8XAihSM&feature=player_embedded#at=20 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vander Lee - Meu Jardim

http://www.youtube.com/watch?v=VVYVFBCYE-Q&feature=related



Meu Jardim

Vander Lee

Composição: Vander Lee
Tô relendo minha lida, minha alma, meus amores                             
Tô revendo minha vida, minha luta, meus valores                              
Refazendo minhas forças, minhas fontes, meus favores      
Tô regando minhas folhas, minhas faces, minhas flores
Tô limpando minha casa, minha cama, meu quartinho                                
Tô soprando minha brasa, minha brisa, meu anjinho
Tô bebendo minhas culpas, meu veneno, meu vinho      
Escrevendo minhas cartas, meu começo, meu caminho                            
Estou podando meu jardim
Estou cuidando bem de mim

Necesidade



Eu preciso chorar por todos os meus poros até desidratar totalmente o meu amor, para que ele morra, já que todos os sonhos se desfizeram num redemoinho.Afinal, o que é o amor senão umidade  refrescante na alma? Depois do luto, guardarei numa caixinha aqueles vagalumes.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Saudade

Hoje abria a caixa do trompete que meu pai tocava. Não sei tocar, mas faço uns sons. A caixa é antiga, tem um tecido de veludo roxo onde se enrola o trompete. Amava-o ver abrir aquela caixa e tocar pra mim. Todo um ritual. Seu amor a musica vive em mim

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Primavera de Perséfone

Meus sentimentos por ti viraram pó em minhas veias
sangue em pó com o calor do sol.

A tinta fresca, agora morta,  já  nem escorre da moldura
pois todo o fogo no instante  que você me  tocou, virou gelo seco,
como o toque ganancioso de Midas.
Nitrogênio liquido!
e matou toda a paisagem de um sonho emoldurado.

Neste inverno em que moras, fui a Rainha do seu Gelo
habitei cada recanto pra ser você
pra lutar e morrer por você
Amei tudo o que amas e ainda levo comigo escondido sementes de romã em meus bolsos

No caminho que deixo pra trás
Ainda resta pedaços da tela, que guarda a cor de algum sonho louco
e a moldura quebrada que eram as grades da minha prisão.

Caminho descalça sobre meus instintos primários
e qualquer brisa que hoje me toca
me trás mais calor e é como raio de sol a me beijar.

Flor cheirosa e doce,  que se abre ao toque de outras mãos.  Rejane Villanova.

sábado, 4 de dezembro de 2010

O ENTERRADO VIVO

CARLOS DRUMMOND ANDRADE

É sempre no passado aquele orgasmo,
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.

É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.

É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.

É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.

Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
Mas com certeza não serei a mesma pra sempre...

Clarisse Lispector

quinta-feira, 17 de junho de 2010

ECHOES

odeio o mundo passo as vezes correndo
e saio do sol
não quero a luz
corro para escuridão
e passo gilete fina no meu corpo
e depois sal pra chorar

pra que harmonia?
se o caos me atrai mais
um lindo demônio lambe meu sexo
eu rezo pra ele não parar
grito:quero mais!
hedonismo
sadismos passeiam pelo meu corpo
é caos imperativo
eu me queimo
num fogo interno
viro cinzas
não sou mais nada
que alivio!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

TEUS OLHOS

Teus olhos
Negros como Azeviche...
Brilhantes como a luz do dia....
Quero senti-los brilhar por mim!
                                          
                                         Akasha De Lioncout