quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Primavera de Perséfone

Meus sentimentos por ti viraram pó em minhas veias
sangue em pó com o calor do sol.

A tinta fresca, agora morta,  já  nem escorre da moldura
pois todo o fogo no instante  que você me  tocou, virou gelo seco,
como o toque ganancioso de Midas.
Nitrogênio liquido!
e matou toda a paisagem de um sonho emoldurado.

Neste inverno em que moras, fui a Rainha do seu Gelo
habitei cada recanto pra ser você
pra lutar e morrer por você
Amei tudo o que amas e ainda levo comigo escondido sementes de romã em meus bolsos

No caminho que deixo pra trás
Ainda resta pedaços da tela, que guarda a cor de algum sonho louco
e a moldura quebrada que eram as grades da minha prisão.

Caminho descalça sobre meus instintos primários
e qualquer brisa que hoje me toca
me trás mais calor e é como raio de sol a me beijar.

Flor cheirosa e doce,  que se abre ao toque de outras mãos.  Rejane Villanova.

2 comentários:

Perséfone disse...

Esse é o ultimo poema que te escrevo...rsrse Como diz O Corvo:" Never, more"

Edmar disse...

Bonito. Acho que entendo o que vc quer dizer. :p
Abraço.