terça-feira, 22 de julho de 2008

GREGORY "Narciso"

Hoje só há tristeza,
Calma e plácida sobre mim...
Como um lago que olho fixamente,
Como narciso se espelha num lago!


Só vejo uma tristeza imensa a me consumir,dia e noite!
E nem sua beleza me acende,
E nem seu entusiasmo me anima.


Apenas tenho vontade de mergulhar fundo neste lago,
Me emaranhar em plantas aquáticas,
Ter meus últimos pensamentos,
Ter meus últimos sentimentos,
E ser enfim, um corpo morto,
Sem vida,
Roxo!
Triste figura...


Enfim encontrar a tão desejada morte,
Por quem a tanto tempo chamo e grito,
E a quem não tive coragem de amá-la o suficiente,
Para abraçá-la com ardor,
Numa paixão fria,
E sem vida.






Um comentário:

Diogo Melo disse...

"Oh morte, tu que és tão forte, que matas o gato, o , rato e o homem, vista a tua mais bela roupa quando vieres me buscar. Que o meu corpo seja queimado, e que minhas cinzas alimentem a erva e que a erva alimente outro homem como eu. Porque eu continuearei este homem, nos meus filhos, na palavra rude que eu dirigi a quem eu não gostava e até mesmo no whiskie que deixei de beber, aquela noite..."

Querendo ou não, o homem de uma certa forma sempre acaba sobrevivendo à sua própria morte, em diferente níveis...