domingo, 8 de fevereiro de 2009

O LOUCO



Eu sou a maldição
Eu sou o execrado
Sou o leproso
Sou o 13º
Sou aberração
Sou aquele que tem parte com demônio
Sou o louco
Sou o insano
Sou o desprezado
Aquele que ninguém quer
O lixo
E apesar disso,
Ou por isso,
Deixo você fora de si
Contamino você com minha loucura
Te levo as raias do absurdo
E rio...
Rio de ti e rio de mim
Somos loucos
Todos nós
Inteiramente

Odeia-me porque sou aquilo que odeias em ti
Por isso me enjaula
Prende-me
Põe-me no hospício
Eu rio de ti
Pobre animal rastejante
Que tem medo de si mesmo
Saiba que eu estou em você
Mas você não esta em mim
Posso rir, posso chorar, sou louco
E você não pode morrer de amor
Não pode enlouquecer de um sonho
Tem que rastejar na realidade
Eu posso gritar que deus sou eu
Que sou Vênus
Ou Dionísio
E ele...
Ele é o lindo Apolo
E tudo isso ser verdade
Pois sou criança
Sou poeta
Sou livre.

Um comentário:

Unknown disse...

Bonita poesia, gostei muito, me fez lembrar do "Voce Pensa Que Sou Loki Bicho" do Arnaldo Batista.
Infelizes daqueles que nâo vem o amanhã.
Infelizes daqueles que que não podem ser crianças.
Infelizes daqueles que não podem ser livres.
Infelizes daqueles, que não podem ser poetas.
Infelizes daqueles que não podem ser loucos....