terça-feira, 20 de janeiro de 2009

A ESPERA




A espera é repleta de silêncio
Repleta de um ensurdecedor silêncio
O silencio das madrugadas
Das noites não dormidas
Dos monólogos de minha alma
A espera é repleta de uma luta sem glórias
Sem nenhum ringue de chegada, sem nenhum campo de batalha
A espera é uma luta subjetiva
Só você vê
Só você sente
Não há coroas e nem flores
Apenas o exercício da eterna paciência
A espera é algo fundamentalmente feminino
O esperar de um filho em nosso ventre
O esperar infinito em nove meses
A semente crescendo
Sugando e se fortalecendo das suas entranhas
A perpetuação da espécie
O trabalho silencioso e sagrado que a natureza opera no ventre de uma mulher
E ela é apenas um ente tomado de uma força maior que a sua
A força da vida
Que necessita se perpetuar
Que jamais deixará de querer estar
Viva!

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